Vem os Dois: O Tabuleiro Político de Santos.
A Pergunta Não É Se Vem Paulo ou Rogério, Mas Por Que Vêm Ambos?
Nos bastidores ferventes da política de Santos, a questão não é mais se Paulo Alexandre ou Rogério Santos será o candidato. A resposta é clara: virão os dois. A verdadeira pergunta é, por quê?
Segundo boatos, fortes, pesquisas extraoficiais indicam que a candidata Rosana Valle tem grandes chances de vencer a eleição no primeiro turno, independente de quem seja seu adversário. Diante dessa ameaça, a estratégia dos dois principais opositores, Paulo Alexandre e Rogério Santos, parece ser a pulverização dos votos para forçar um segundo turno. A divisão do eleitorado pode ser a única chance de manter a influência política na cidade.
Contudo, essa manobra não agrada a todos os envolvidos. Informações de bastidores revelam que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não está satisfeito com essa movimentação. Em um acordo passado, Paulo Alexandre, ao apoiar a ida de Rogério Santos para o Republicanos, partido do governador, teria garantido que ele próprio não se lançaria candidato. Essa quebra de promessa pode ser vista como uma traição, e Tarcísio já teria ameaçado apoiar abertamente a candidatura de Rosana Valle caso Paulo Alexandre decidisse se candidatar.
Paulo Alexandre, ex-prefeito e atual deputado federal, obteve 170 mil votos, dos quais 60 mil vieram de Santos e 110 mil de outras cidades do estado. Abandonar seu mandato parlamentar prematuramente para tentar recuperar o comando da cidade coloca em risco suas alianças políticas e a confiança de seus eleitores. O desespero de perder a infraestrutura e o controle político de Santos, a maior cidade da Baixada Santista, leva a essa ação arriscada.
Rogério Santos, sucessor indicado por Paulo Alexandre, também enfrenta uma situação delicada. Embora tenha se alinhado ao Republicanos, a ameaça de perder o apoio do governador pode significar um golpe fatal em suas aspirações políticas.
Nesse tabuleiro de xadrez, as peças se movem de forma tensa e estratégica. O conflito de interesses é evidente: de um lado, o poder pelo poder, com Paulo Alexandre e Rogério Santos tentando manter sua hegemonia; do outro, o poder pelo medo do que pode acontecer caso percam o controle.
Se o governador se sentir traído por Rogério Santos, pode declarar apoio a Rosana Valle, do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. Estamos diante de um cenário de alta tensão, onde o atual deputado Paulo Alexandre e seu aliado Rogério Santos, em uma operação kamikaze, podem entrar em rota de colisão com o governador.
O futuro de Santos está em jogo, e a disputa não se limita apenas ao âmbito local. A escolha de seus líderes pode determinar o rumo da administração municipal e a estabilidade política da cidade. O eleitor santista, mais uma vez, terá a última palavra nas urnas, decidindo se manterá a atual liderança ou buscará uma nova direção para o município.
Enquanto isso, nos bastidores, a política continua sendo um jogo de poder, estratégia e sobrevivência. O desfecho dessa batalha política ainda é incerto, mas uma coisa é certa: Santos está no centro de um conflito que pode redefinir seu futuro.