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SP - Litoral,16/09/2024

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    Comissão aprova ampliação de punições para mineração ilegal em terras indígenas

    Fonte: camara.leg.br
    Comissão aprova ampliação de punições para mineração ilegal em terras indígenas


    Mário Agra/Câmara dos Deputados

    Deputada Célia Xakriabá fala ao microfone

    Célia Xakriabá recomendou a aprovação da proposta


    A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que estabelece novos tipos penais para a mineração ilegal, com penas agravadas se a atividade ocorrer em terras ocupadas por povos e comunidades tradicionais e para quem a financia ou custeia.


    O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), para o Projeto de Lei 2933/22, da ex-deputada Joenia Wapichana (RR) e outros 18 parlamentares. A relatora aproveitou o conteúdo de duas propostas que tramitam em conjunto com esse projeto e também fez alguns ajustes.


    O substitutivo aprovado altera trecho da Lei dos Crimes Ambientais. Atualmente, essa norma determina prisão de seis meses a um ano para a mineração ilegal ou para a eventual falta de reparação dos danos causados.


    Com as mudanças feitas pela relatora, incorrerá nas mesmas penas quem:



    • colocar em risco a vida ou a saúde de pessoas;

    • causar significativo impacto ambiental;

    • realizar a atividade com emprego de máquinas e equipamentos pesados de mineração; ou

    • realizar a atividade mediante ameaça com emprego de arma.


    Além disso, conforme o texto aprovado, a pena será aumentada até o dobro se a atividade for realizada em terras ocupadas por povos e comunidades tradicionais e até o triplo para quem a financia ou custeia nessas terras.


    Prática proibida, mas permanente

    Na justificativa que sustentou a versão original da proposta, a ex-deputada Joenia Wapichana e os demais autores argumentaram que, apesar de proibida pela Constituição, a mineração em terras indígenas ainda é uma prática permanente.


    “O exemplo mais gritante dessa situação talvez seja aquela vivida pelos povos indígenas na Terra Yanomami, com o aumento exacerbado das mortes por desnutrição ao longo dos últimos anos”, reforçou a relatora Célia Xakriabá.



    Próximos passos

    O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também terá de ser aprovado pelo Senado.





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