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SP - Litoral,17/09/2024

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    A Revolta nas Feiras de São Vicente: Eleitores Repudiam Políticos 'Sazonais'"

    População expressa revolta contra os eleitos em 2020, para muitos é momento de renovar

    Fonte: Dr. Aniz
    A Revolta nas Feiras de São Vicente: Eleitores Repudiam Políticos 'Sazonais' Feiras de São Vicente: Eleitor cansado, político rejeitado

    Candidatos reaparecem nas feiras livres após quatro anos de ausência, mas o povo cansado diz 'basta' às promessas não cumpridas.

    Em pleno ano eleitoral, as ruas de São Vicente, especialmente suas feiras livres, tornaram-se palco de uma velha prática que, aos olhos da população, já ultrapassou os limites da paciência e da decência. Candidatos que desapareceram durante os quatro anos de mandato, e outros que emergem pela primeira vez com grandes recursos financeiros, têm causado revolta entre feirantes e eleitores. Para muitos, a presença desses políticos, que surgem como relâmpagos em tempos de campanha, não passa de uma demonstração de desrespeito e oportunismo.

    "População expressa revolta contra os que só aparecem para pedir votos e depois somem por quatro anos".

    A cada ciclo eleitoral municipal, a história se repete: vereadores e aspirantes ao cargo, antes invisíveis nas feiras, passam a desfilar entre barracas, cercados por bandeiras, cartazes e uma multidão de assessores. Prometem soluções para os problemas que alegam conhecer profundamente, mas que, segundo os moradores, ignoraram nos anos em que tiveram a oportunidade de agir. “Eles aparecem como se fossem nossos melhores amigos, dizendo que sabem o que precisamos. Mas onde estavam nos últimos quatro anos?”, questiona Maria do Carmo, feirante há mais de duas décadas.


    O descontentamento não é só verbal. O impacto físico da presença desses políticos também incomoda. Com a chegada de dezenas de pessoas empunhando bandeiras, os feirantes relatam dificuldades para trabalhar. “As bandeiras atrapalham a visão dos clientes, que deixam de comprar porque não conseguem ver nossas barracas”, comenta João Batista, outro feirante. Para ele, a feira deveria ser um espaço de trabalho e convivência, não de campanha política.


    Mas talvez o maior golpe para esses candidatos seja a rejeição crescente da população às práticas eleitoreiras. Em um coro que se intensifica a cada eleição, os eleitores têm deixado claro que não se deixarão mais enganar por promessas vazias. “Chega de políticos que só aparecem em ano eleitoral. Eles vêm aqui, pedem voto como se estivessem pedindo emprego. E depois que ganham, somem e vivem no luxo, enquanto continuamos aqui, lutando dia a dia”, desabafa Dona Conceição, moradora do bairro Humaitá.


    O desgaste é tanto que, para muitos, a estratégia de se aproximar do eleitorado nas feiras livres já não faz mais sentido. Pelo contrário, afasta os eleitores, que veem nessa prática um símbolo da velha política que tanto desejam superar. “Político porcalhão, que só aparece em ano eleitoral, não vai ter nosso voto. Estamos cansados de ser subestimados”, finaliza seu Joaquim, enquanto arruma as frutas em sua barraca.


    Em um ano onde a consciência política parece estar mais aguçada, a mensagem das urnas em São Vicente pode ser um recado claro: a era das promessas vazias e da presença temporária pode estar chegando ao fim. O povo, especialmente os mais humildes, parece determinado a não mais se deixar enganar por sorrisos forçados e abraços eleitoreiros. 






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