Doença com predominância na população negra, a anemia falciforme se caracteriza por uma mutação no gene que produz a hemoglobina, o que leva à deformação dos glóbulos vermelhos do sangue. Com o objetivo de promover um alerta sobre esta doença, a Secretaria Municipal da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher) da Prefeitura de Santos instalou tendas na Praça Mauá, no Centro Histórico, na manhã desta quinta-feira (31).

No local, também foram realizados testes de glicemia para detecção de diabetes e aferição de pressão arterial. Ao final, 350 pessoas foram atendidas na ação, que contou com a parceria da Escola de Enfermagem El Shaday.

O responsável pela Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial e Étnica (Copire) da Prefeitura de Santos, Ivo Evangelista Santos, explica a importância do teste de glicemia pela prevalência de diabetes mellitus na população negra. O mesmo vale para a aferição de pressão alta. 

Ivo Evangelista lembra que no último domingo, dia 27 de outubro, foi celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme.

“Infelizmente, esta é uma doença que recebe pouca atenção por parte de alguns médicos. E é grave porque ela chega a reduzir a expectativa de vida para até 60 anos. Temos casos de pessoas que morrem na faixa etária de 30 a 35 anos”. 

SINTOMAS

A anemia falciforme é hereditária e tem como sintomas fortes dores nas articulações e no baço, palidez, cansaço fácil, icterícia (cor amarela), úlceras (feridas, em especial nas pernas). Nas crianças, pode haver inchaço nas mãos e pés de forma muito dolorosa.

José Felipe, 52 anos, que trabalha como copeiro em um restaurante no Centro de Santos, foi uma das pessoas que passaram pelos testes na Praça Mauá. Ele ficou satisfeito ao ter medido a pressão, que estava a 11 por 8, e aguardava o resultado do exame de glicemia. “Tenho alguns casos de diabetes na família, e nem sempre passo por exames médicos”.