Campanha mobiliza voluntários em hemonúcleos de Santos
Ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) em 2008 e com cinco hérnias de disco nas costas, após uma queda, não foram motivos suficientes para Maria José Calixto, 76, perder um hábito rotineiro: doar sangue. Na manhã desta segunda-feira (25), ela foi uma das dezenas de pessoas que se dirigiram ao Hemonúcleo Colsan, que funciona no Hospital Guilherme Álvaro para fazer a doação, no Dia Nacional do Doador de Sangue. Com o slogan ‘Doe amor, doe vida, doe sangue’, a 7ª edição da campanha mobilizou, na última sexta-feira (22) e nesta segunda-feira (25), novos doadores, buscando aumentar estoques dos hemonúcleos de Santos. A ação foi promovida pela Prefeitura de Santos por meio da Secretaria da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos (Semulher) e Guarda Civil Municipal (GCM), vinculada à Secretaria Municipal de Segurança (Seseg).
Maria José mostra orgulhosa as carteirinhas de doadora. Moradora de São Vicente, ela conta da importância do ato. “Tem sempre gente precisando de sangue. Venho sempre que posso”. Ela lembra que a primeira doação foi feita na década de 80 para um funcionário de seu restaurante. Desde então, mantém a rotina de ir ao hemonúcleo. Nesta segunda-feira, para comemorar a data, vestiu camiseta que ela mesma bordou com o tema.
Quem também interrompeu a rotina de serviço na manhã desta segunda-feira para doar sangue foi o policial militar Hiago Fernandes, 32, de Praia Grande. “Já doei, em outra oportunidade, quando estava em São Paulo. Sei da importância deste ato porque já tive amigos que precisaram de sangue”.
ESTOQUE BAIXO
Coordenadora do Hemonúcleo Colsan de Santos, a médica Silvana Biagini está preocupada com o estoque de sangue na unidade. “Está baixo, e a temporada de verão está chegando. Santos recebe milhares de turistas e precisamos estar preparados”, conta. Entre os tipos que mais estão em falta estão o O positivo e o O negativo, considerados mais raros. Além do estoque baixo, a urgência das doações também se explica porque as plaquetas (um dos itens do sangue, material necessário para quem passa por quimioterapia) duram apenas cinco dias, enquanto que os glóbulos vermelhos podem ficar armazenados até 40 dias.
Quem quiser doar no Hemonúcleo Colsan de Santos, que funciona no Hospital Guilherme Álvaro, na Rua Oswaldo Cruz, 197, no Boqueirão, pode procurar a unidade de segunda a sábado, das 7h30 às 13h. Pessoas de 16 a 18 anos incompletos precisam de autorização por escrito dos pais ou responsáveis. Quem tem tatuagem ou piercing pode doar depois de 6 meses da aplicação. No aplicativo Colsan, no celular, é possível agendar horário para a doação. “Nossa orientação é para as pessoas virem alimentadas. Não podem vir em jejum. Quem quiser tirar dúvidas sobre a doação pode acessar o perfil @colsanoficial no Instagram”.
Guardas municipais e outros voluntários se unem em doação.