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SP - Litoral,12/12/2024

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    Comissão aprova projeto que obriga municípios a identificar zonas de risco de desastres naturais

    Fonte: camara.leg.br
    Comissão aprova projeto que obriga municípios a identificar zonas de risco de desastres naturais


    Mario Agra / Câmara dos Deputados

    Deputado Nilto Tatto fala ao microfone

    Nilto Tatto recomendou a aprovação da proposta


    A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que obriga os municípios a avaliarem periodicamente as zonas de risco de deslizamento e alagamento. A intenção é permitir a adoção de medidas preventivas e de planejamento para garantir a segurança da população e a sustentabilidade ambiental.


    O eventual descumprimento da futura lei sujeitará o município a multas, cuja arrecadação deverá ser revertida para fundos de mitigação de desastres naturais.


    O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Nilto Tatto (PT-SP), para o Projeto de Lei 2257/24, do deputado Amom Mandel (Cidadania-AM). O relator fez ajustes para adequar o texto ao Estatuto da Cidade.


    “Com a obrigatoriedade de reavaliação periódica das zonas de risco, a proposta assegura que as medidas de prevenção e mitigação sejam parte integrante do planejamento urbano e não ações isoladas ou episódicas”, afirmou Nilto Tatto.


    Conforme o substitutivo aprovado, serão consideradas:



    • zonas de risco de deslizamento: áreas onde as características geológicas, geotécnicas e hidrográficas aumentam a suscetibilidade a movimentos de terras e rochas; e

    • zonas de risco de alagamento: áreas propensas a inundações temporárias provocadas por intensas chuvas ou elevação de nível de corpos d'água (rios e lagos, por exemplo).


    Obrigações

    Os municípios deverão, com o auxílio de órgãos estaduais e federais de meio ambiente e de defesa civil:



    • identificar e classificar as zonas de risco existentes em seu território a cada cinco anos;

    • restringir a concessão de novos alvarás de construção em áreas classificadas como de alto risco, conforme critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama); e

    • promover a realocação de moradores de áreas classificadas como de alto risco para locais seguros. A Defesa Civil apresentará laudo atestando a interdição total e permanente do imóvel.


    Cadastro

    O substitutivo determina também a criação de um cadastro nacional de zonas de risco, acessível aos órgãos de planejamento urbano e à população, contendo:



    • a localização geográfica das zonas de risco;

    • a classificação do nível de risco; e

    • as medidas adotadas pelo município para mitigação dos riscos.


    Verbas

    Os recursos para implementar essas medidas serão oriundos de:



    • dotações orçamentárias próprias dos municípios;

    • fundos estaduais e federais de meio ambiente e defesa civil; e

    • programas internacionais de apoio à gestão ambiental e urbana.


    “Diretrizes para identificação, classificação e gestão das zonas de risco ajudarão na prevenção de desastres e no planejamento urbano seguro e sustentável”, argumentou o deputado Amom Mandel, autor da proposta original.


    Próximos passos

    O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


    Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.





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